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II Encontro da REBAL - 2º dia

II Encontro Nacional da Rede Brasileira de Agendas 21 Locais

Por Rosângela Ribeiro / Processo Agenda 21 Bertioga

Data: de 10 a 12 de junho de 2008
Local: Centro de Convenções do Banco do Nordeste do Brasil – Passaré – Fortaleza/CE


Segundo dia – Atividades


As atividades do segundo dia do Encontro foram iniciadas às 8h30 da quarta‐feira, dia 11, com a apresentação do nome e processo de todos os participantes do evento. Importante ressaltar a participação de representantes de quase todos os estados brasileiros. Cerca de 300 pessoas marcaram presença no encontro.

Logo em seguida, o gerente de relacionamento da comunicação institucional da PETROBRÁS, Gilberto Puig, iniciou uma mesa redonda onde apresentou a metodologia adotada pela empresa na implantação da Agenda 21 Regional da Comperj, que é um complexo petroquímico cuja área de influência atinge 15 municípios do estado do Rio de Janeiro.

De acordo com o gerente, a iniciativa de instituir a Agenda 21 nesse complexo surgiu da necessidade de melhorar o relacionamento institucional da empresa junto às comunidades locais, fomentando a rede de relações entre a Petrobrás, as comunidades locais e outros grupos de interesse, construindo conjuntamente planos locais de desenvolvimento sustentável.

Os investimentos, segundo ele, foram na ordem de R$ 15 bilhões, voltados em ações que proporcionassem capacitação profissional, geração de empregos e preservação de corredor ecológico. Puig ressaltou, ainda, que tal iniciativa não tem caráter conpulsório no processo de licenciamento ambiental da empresa.

Como inovação do processo, a Agenda 21 da Comperj apresenta, ao invés do passo‐a‐passo sugerido pelo MMA e seguido em quase todos os processos locais, uma metodologia baseada nos 40 capítulos da Agenda 21 Global, chamados de vetores qualitativos, também em número de 40, sendo que cada um prevê quatro estágios de desenvolvimento. Segundo Puig, essa sistematização possibilita apontar qual a realidade de cada um dos 15 municípios integrantes da Agenda 21 da Comperj, ao mesmo tempo em que os resultados podem ser aferidos.

A professora Samira, responsável pela implantação do processo de Agenda 21 da Comperj, também falou sobre seu trabalho, o qual ela espera que tenha um efeito sistêmico e possa se desenvolver em outras empresas. Porém, ela deixou claro que o processo tem que estar compromissado com as propostas previstas na Carta de Princípios da Agenda 21. “Não há sentido em implantar Agendas 21 locais se não for para promover a sustentabilidade”, determinou.

Seguindo a pauta do Encontro, os representantes das Agendas 21 regionais falaram um pouco sobre a experiência dos processos em cada região e apresentaram suas estratégias para o fortalecimento das Agendas 21 Locais.

Ao falar da Experiência de Trabalho em Rede, o diretor Pedro Ivo destacou a importância dessa nova forma de organização, que ele acredita ser mais eficiente e democrático. Ele discorreu, ainda, sobre o caso da Rebal, que ainda é “sustentada” pelo MMA. “É vital que o Ministério funcione somente como uma incubadora, fortalecendo o processo e criando condições para que a rede caminhe sozinha”, defendeu. Ao ser questionado sobre a possibilidade do Ministério não apoiar mais as atividades da rede, Pedro Ivo afirmou que desejar a autonomia não significa “rejeitar o filho”, mas vê‐lo capaz de escolher seus próprios caminhos.

No período da tarde, foram iniciados os trabalhos dos Grupos responsáveis em dar continuidade às atividades principiadas no I Encontro da Rebal, há dois anos. A proposta foi de que os grupos revisassem documentos e reavaliassem as ações promovidas pelos Grupos de Trabalhos Temáticos (GTs), apresentando um diagnóstico sobre a gestão e o funcionamento da rede a partir dessa análise. Para isso, cada participante do encontro escolheu um dos cinco grupos de trabalho:

G1 – Conceito de Rede e Cultura de Trabalho em Rede;
G2 – Manutenção Política e Econômica da Rede (que, na verdade, tinha por temática Da Gestão de Recursos Financeiros da Rede);
G3 – Comunicação e Integração On‐line da Rede;
G4 – Dinamização e Proposição Temática dos Grupos de Trabalho;
G5 – Estrutura e Funcionamento da Rede e Suas Instâncias.

Resumidamente, os GT´s tratavam, em sua essência:

G1 – Da revisão e reavaliação dos princípios que norteiam o funcionamento da rede e as formas de participação nas mesmas;
G2 – De como e por quem deve ser realizada a captação e a gestão de recursos da Rebal;
G3 – Das formas de melhorar a comunicação no sítio eletrônico da Rebal e a comunicação interna da Rede, cuja falha, segundo os participantes do Gt, foi a maior responsável pelo não andamento das ações previstas no I Encontro;
G4 - Da otimização dos Grupos de Trabalhos Temáticas, afim de que eles realmente funcionem;
G5 - Da revisão e aprimoramento do Regimento Interno da Rebal.

Durante todo o dia, os grupos estiveram reunidos, discutindo as propostas apresentadas e avaliando‐as de maneira consensual.

A proposta de trabalho era que, ao final dessas revisões, os grupos apresentassem um documento com as sugestões recolhidas entre os participantes. Como alguns não conseguiram finalizar seus trabalhos naquele dia, no dia seguinte, antes do início dos trabalhos, os grupos voltaram a se reunir para produzir o documento que seria apresentado na plenária.

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