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Piracicaba 2010 vira referência de gestão em cidade litorânea

Com medo do caos social e ambiental que pode ser provocado pela intervenção desordenada das empresas que pretendem se instalar no litoral paulista, para explorar petróleo da mega-jazida de Tupi, na bacia de Santos, comissão formada por empresários, políticos e profissionais liberais de Itanhaém esteve ontem em Piracicaba para conhecer a estrutura da Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) Piracicaba 2010. Eles pretendem usar o mesmo modelo de organização, considerando eficiente como ferramenta de planejamento estratégico, para coordenar o desenvolvimento da cidade, com olhar para 2015.

Roberto Cabral Brandão, advogado e consultor de empresas –segundo coordenador da comissão –, disse que a intenção é formar um comitê e, na seqüência, uma agência gestora, que trabalhará em parceria com a sociedade civil, governo e iniciativa privada. "Pensamos em um desenvolvimento sustentável e temos que nos preparar para que os investimentos acompanhem as diretrizes da Agenda 21, que pretendemos implantar em Itanhaém", disse.

O grupo esteve também na Escola Superior de Agricultura 'Luiz de Queiroz' (Esalq), onde foi recebido pelos professores Ricardo Ribeiro e Andre Neves, do Departamento de Ecologia. "Por intermédio da Esalq, conhecemos o projeto de reflorestamento que eles desenvolveram em Paulínia e outro em Iracemápolis", observou Brandão. Eles estão se preparando também para ir à Petrobras, onde terá a dimensão do que a estatal pretende fazer na região. "Para que possamos habilitar mão-de-obra".

O consultos Yves Crevex
, que trabalha com projetos internacionais, disse que tem muito contato com empresas européias que gostariam de investir no Brasil, em específico no litoral paulista. "Mas nenhum banco europeu libera investimento se a cidade que receberá o recurso não tiver projeto social e ambiental adequado, que garanta um desenvolvimento sustentável", explicou.

A comissão foi recebida pelo secretário-executivo-técnico do Piracicaba 2010, Sérgio Hornink. Segundo ele, a Oscip vive uma fase expansionista, de exportação de seu modelo para outros municípios. "Nos últimos três anos estive em pelo menos 20 cidades brasileiras para falar da metodologia do trabalho desenvolvido em Piracicaba", disse. Segundo ele, o grande foco da Oscip este ano será a ampliação de sua estrutura. Há também saindo do formo pelo menos um grande projeto educacional, voltado aos estudantes do ensino fundamental, que será conhecido pela sociedade no meio do ano.

Ciente da responsabilidade da Oscip como referência, Hornink sintetiza sua compreensão: "Piracicaba é uma cidade rica e privilegiada. Essa contribuição para que outras cidades também se organizem é um compromisso que está contido na própria Agenda 21, de implantá-la no mundo todo".

Fonte: A tribuna
Data: 29/1/2008

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